terça-feira, 26 de abril de 2011

Ortodontia:tratamento de prevenção crescimento e amadurecimento dos dentes!

Ortodontia :


Especialista e auxiliar ajustando aparelho ortodôntico.
A Ortodontia é a especialidade da Odontologia relacionada ao estudo, prevenção e tratamento dos problemas de crescimento, desenvolvimento e amadurecimento da face, dos arcos dentários e da mordida, ou seja, disfunções dento-faciais.

Formação:

O Especialista em Ortodontia, após sua graduação em Odontologia, para ter a especialização reconhecida e poder atuar com competência na área, deve cursar regularmente especialização lato senso (especialização propriamente dita) e/ou strito senso (mestrado e doutorado), onde aprenderá sobre crescimento e desenvolvimento da face, anatomia facial, biogênese da oclusão, etiologia (causas) da má-oclusão, e tratamentos preventivo, interceptivo e corretivo.


Ramos:
A ortodontia pode ser dividida em ortodontia fixa (com braquetes e bandas coladas aos dentes) e removível (aparelhos removíveis). No adulto, quando as bases ósseas estão muito discrepantes, indica-se a cirurgia ortognática. Na criança em desenvolvimento estas discrepâncias podem ser tratadas com aparelhos fixos e em alguns casos com aparelhos ortopédicos.
Problemas ortodônticos mais brandos podem ser tratados por um cirurgião-dentista não-especialista ou mesmo por um odontopediatra, que devem ter o discernimento para encaminhar ao especialista se o caso for mais difícil.
A ortodontia sofre constantes mudanças, principalmente relacionadas ao tipo de material utilizado no tratamento ortodôntico. Além dos diversos tipos de aparelhos utilizados (fixo, removíveis, etc.), diversos materiais são empregados nas suas composições, tornando obrigatória a constante atualização do profissional desta área.

Cárie dentária:

Cárie dentária
Aviso médico
Classificação e recursos externos


Introdução:

A cárie dental tem sido uma das doenças mais
prevalentes do ser humano. Através dos tempos,
muitas teorias sobre a sua etiologia foram levantadas,
porém só em 1890 com os estudos de W. D.
Miller é que se formou a base para a teoria acidogênica
de desenvolvimento da cárie. Verifica-se, portanto,
uma destruição progressiva dos cristais de hidroxiapatita
pelos ácidos bacterianos, levado a uma
descalcificação e posterior perda da estrutura do dente.
Definição:
 A cárie dentária pode ser definida como uma destruição localizada dos tecidos dentais causada pela acção das bactérias. A desmineralização dos tecidos dentais (esmalte, dentina ou cemento) é causada por ácidos, especialmente o ácido lático, produzido pela fermentação bacteriana dos carboidratos da dieta, geralmente a sacarose. A baixa do pH ocasiona dissolução do esmalte e transporte do cálcio e fosfato para o meio ambiente bucal

Processos:
Processo de início/estabelecimento de lesões de cárie:
Estreptococos do grupo mutans, os quais incluem as espécies Streptococcus mutans, Streptococcus sobrinus, exclusivamente detectadas em humanos. A espécie S. mutans é drasticamente a mais prevalente e a mais estudada. A espécie S. sobrinus é a segunda espécie mais comum. Outras espécies identificadas em animais, como a espéice S. rattus, também foram detectadas em humanos, porém em menor freqüência e restrita a algumas populações específicas.
em humanos, porém em menor freqüência e restrita a algumas populações específicas.
Processo de progressão de lesões de cárie estabelecidas:
Incluem Lactobacillus spp., e outros microrganismos capazes de sobreviver e proliferar em meios ácidos, como por exemplo, o fungo Candida albicans. Geralmente, estes microrganismos são favorecidos pelas condições cariogênicas promovidas por estreptococos do grupo mutans. Entretanto, a atuação de espécies do gênero Actinomyces como agente causal e/ou na progressão de lesões de cárie é ainda controverso.

Como ocorrem as cáries:
As bactérias ( microorganismos que vivem na nossa boca ), fixam-se nos nossos dentes formando uma película muito fina que é chamada de placa bacteriana. As bactérias que formam a placa bacteriana alimentam-se principalmente do açúcar que ingerimos com os alimentos e quando elas não são removidas através da escovação e do uso do fio dental, elas desenvolvem-se bastante. Como resultado da metabolização ( digestão ) do açúcar, a placa bacteriana produz ácidos que vão destruir o esmalte dos dentes.
Etapas de desenvolvimento da cárie:

* 1- placa bacteriana
Desenvolve-se depois da ingestão dos alimentos, principalmente dos que contém açúcar. É uma película fina que pode ser removida pela escovação e pelo fio dental.
 

* 2- Cárie Incipiente -
Ou mancha branca, aparece no estágio inicial da cárie, antes que se forme uma cavidade propriamente dita. Este estágio é reversivel, a cárie pode ser remineralizada sem restauração.

* 3- Cárie de esmalte -
 Quando o ácido que é produzido pelas bactérias forma uma pequena cavidade no esmalte, temos aí a cárie de esmalte, que é indolor, pois o esmalte não apresenta terminações nervosas.

* 4- Cárie de Dentina -
 Após atravessar o esmalte que é muito duro, a cárie penetra na dentina e daí começa a doer pois a dentina ao contrário do esmalte apresenta terminações nervosas.


* 5- Infecção Pulpar / Abscesso-
No último estágio, a cárie continua a sua penetração, até alcançar a polpa ( nervo do dente ), podendo causar uma dor aguda ( pulpite ), ou levar ao abscesso periapical,causando muita dor. Neste estágio é necessário o tratamento do canal do dente.


Modo de transmissão:
A cárie dentária é conceituada como uma doença de caráter infecciosa, de etiologia multifatorial (fatores primários, secundários e gerais), sendo imprescindível a interação desses fatores para o surgimento da doença.

De forma clara e sucinta, são esses os fatores:
- Primários: microorganismos cariogênicos e dieta rica em carboidratos;
- Secundários: higiene bucal deficiente e ausência de flúor no ambiente;
- Gerais: fatores sócio-econômicos e culturais.

Muitos pais desconhecem que a “doença” cárie é transmissível, ou seja, uma pessoa poderá transmitir para a outra.

Na realidade, quando nos referimos à transmissibilidade estamos falando de uma bactéria chamada de estreptococos mutans que é muito importante para o aparecimento e desenvolvimento da cárie dentária.

Ou seja, a criança não irá “pegar” a cárie, mas sim as bactérias que irão favorecer o desenvolvimento da mesma.

Dessa forma, os próprios pais podem transmitir a doença para seus filhos.

Portanto, aqueles pais que não têm uma higiene bucal adequada, apresentando inúmeras lesões ativas de cárie, podem se constituir nos principais vetores de transmissão para os filhos.

Devemos observar que, em se tratando de crianças pequenas e recém-nascidas, essa transmissibilidade ocorre, de forma geral, da mãe para o filho e em menor escala, da babá para a criança, de forma direta ou indireta.

Na forma direta, a transmissão ocorre através do contato físico, como beijos e abraços.

Já na forma indireta, quando a mãe ou babá leva a colher do bebê à boca, seja para provar o alimento (sabor, temperatura, etc..), seja para promover o resfriamento do mesmo através do sopro.

Consequentemente, deve-se promover mudanças comportamentais da mãe e das pessoas envolvidas nos cuidados com a criança.

Essas mudanças visam alterar os hábitos alimentares, principalmente, e de higiene bucal, como também da utilização do flúor.

Portanto, não somente os pais devem ter dentes saudáveis, mas também as babás ou pessoas que cuidam da criança.

Desta forma, procedimentos educativos e preventivos devem ser estendidos às gestantes, procurando orientá-las e informá-las acerca dos cuidados com a alimentação e higiene bucal, pois a gravidez é uma fase ideal para o estabelecimento de bons hábitos.
Prevenção:

Escova de dentes     
  • Escovar corretamente os dentes, massageando as gengivas, usando pastas dentais com flúor após as refeições (se tiver alergia ao flúor (rash), procure um creme dental com menos fluoreto, ou com outro tipo do composto, como o MFP ou o Fluoreto de Cálcio, ou ainda diminua a quantidade de creme.
Utilização de um fio dental
  • Use o fio dental após as refeições e principalmente antes de dormir. O fio dental remove os restos de comida e a placa bacteriana nos locais onde a escova não chega.
Fio dental
  • Evitar o consumo freqüente de bebidas ou alimentos açucarados, principalmente aqueles que agridem os dentes, como os refrigerantes; se o consumo excessivo de açúcar não pode ser evitado, procurar fazê-lo logo após as refeições, escovando os dentes logo de imediato.
  • Não escove os dentes logo após o consumo de refrigerantes, como os mesmos "retiram" o esmalte, a escovação pode acabar desgastando-o. Espere pelo menos 15 minutos. (Cuidado! o pH da placa começa a cair após 5 minutos da ingestão de sacarose).
  • Deve-se procurar o dentista ou o higienista oral pelo menos uma vez a cada 6 meses; este poderá detectar inícios de cáries e dar orientações quanto às técnicas de escovagem, uso de flúor, etc.

Diversos autores tem estudado o uso de selantes de fóssulas e fissuras em programas preventivos públicos e privados, não só como método preventivo, mas também como método terapêutico, realizando o selamento de cáries detectadas clínica e radiologicamente, observando uma diminuição do número de bactérias no dente selado, constatando que o selamento da superfície oclusal retarda ou diminui a progressão da cárie.
Para melhor eficiência dos selantes como medida preventiva, além da aplicação do mesmo na época adequada, é importante o conhecimento de alguns aspectos clínicos, como diagnóstico correto e preciso da lesão; determinação do risco da cárie; domínio da técnica de aplicação, educação para higiene e controle através de revisões periódicas.

Flúor

O flúor proporciona aos dentes, e ao esmalte em particular, uma maior resistência contra o ácido que contribui para a cárie. O flúor ingerido é particularmente eficaz até aos 11 anos de idade, aproximadamente, quando se completa o crescimento e o endurecimento dos dentes. A fluoração da água é o modo mais eficaz de administrar o flúor às crianças. Em alguns países a água já contém flúor suficiente para reduzir a cárie dentária. Contudo, se a água fornecida tiver demasiado flúor, os dentes podem apresentar manchas ou alterações de cor. Quando a água que se dá às crianças não contém flúor, tanto o médico como o dentista podem prescrever pastilhas ou gotas de fluoreto de sódio. O estomatologista pode aplicar o flúor directamente nos dentes de pessoas de qualquer idade que sejam propensas à cárie dentária. Também dão bons resultados os dentífricos que contenham flúor.